domingo, 8 de novembro de 2009

Bossa Contemporânea

FelixBravo é um projeto que surgiu de uma amizade. Os dois se conheceram no colégio, começaram a estudar e compor músicas juntos e quando viram, já estavam iniciando gravações. Continuaram as composições estruturando o trabalho cada vez mais. Suas canções são bem peculiares, denominadas em "Música para se ouvir em silêncio". Isso porque todas elas são recheadas de detalhes na letra, na melodia e no ritmo. É um tipo de canção popular que, quanto mais você escuta, mais detalhes percebem. Para eles o silêncio é a peça fundamental, com a qual trabalham para alcançar o público com a mensagem que querem passar.

Iniciaram no cenário musical na própria cidade, Curitiba. Além de terem sido convidados a tocarem em São Paulo, no SESC da vila mariana. As influências são muitas. Escutam desde bossa/jazz, música impressionista como Debussy, Ravel. Além de Tom, Vinicius, Pixinguinha, Chico Buarque, Paulo César e Aldir Blanc. Também escutam muito samba de Noel Rosa, Cartola e Cavaquinho. E, claro, adoram o jazz brasileiro (Os Cobras, Brazilian Octopus), em especial.

Confessam que esse é o grande momento em que vivem com a tecnologia. Muita gente que não teria como escutá-los nos moldes normais de divulgação e venda de músicas, estão escutando em várias cidades do Brasil e do mundo. O que é a realização de todo artista. Gente da Califórnia, de Manaus, de São Paulo, do interior do Paraná, da Bahia, de Recife, da França e de tantos outros lugares acessando e apreciando o trabalho deles. O que para o artista é uma realização que não tem preço.

E, por fim, o balaio contemporâneo pergunta a eles se concordam que a música brasileira está desvalorizada tanto na estética quanto na sonoridade:

"Depende. Para o grande público, boa parte da música brasileira passa despercebida tamanho marketing/produção existente com foco em música estrangeira. Contudo, há uma parcela da população brasileira que consome e aprecia a música popular em todos os seus níveis, desde a raiz até o contemporâneo. A desvalorização que às vezes se faz sentir vem, em grande parte, das mudanças vetoriais do mercado. Quem aprecia boa música não dá as caras na novela, nem no ibope, tampouco na televisão aberta. A estética e a sonoridade da música brasileira, na nossa opinião, estão em franca transformação. Após dois séculos de história, após a solidificação de algumas vertentes (maracatu, frevo, samba, choro, MPB, instrumental), o que vemos agora é um novo momento onde as vertentes se mesclam criando novas vertentes, novos símbolos, é um novo momento da história da música nacional. Com relação à sonoridade, cada vez novos músicos se apresentam ao público com talentos e performances mais efusivas e emocionantes.

A geração de Hamilton de Hollanda, André Mehmari, Dimos Goudaroulis, o próprio Vitor Araújo (um pouco mais novo), a nova geração de cantoras (Marianas, Marias), a nova geração de Orquestras (Olinda, Imperial, Republicana), sem falar nos novos compositores (Camelo, Krieger, Ferreira, tantos). Tudo isso faz parte de um movimento macro de miscigenação de influências e sonoridades, que em nossa opinião, está engrandecendo nosso arsenal musical." - diz FelixBravo.








Onde Encontrar:


0 comentários: