sábado, 26 de setembro de 2009

Banda Mãe do Ladrão

Depois da participação no evento Coca-Cola Vibezone no Rio Grande do Sul, a banda gaúcha de Novo Hamburgo Mãe de Ladrão já sente como é ter fãs e agenda de shows pelo estado. Os moços se preparam para a possível gravação de quatro novas músicas compostas pelos próprios integrantes e finalizadas nos ensaios, como todas as outras que já escreveram.

No começo a banda se chamava Hidrante, nome colocado ao acaso para a ocasião do primeiro show, por buscar uma característica mais "singular", eles perceberam que precisariam mudar de nome pelo amadurecimento das letras e dos próprios integrantes. Veio o nome "Mãe do Ladrão".

Inicialmente composta por amigos que já se conheciam e estudavam juntos, mais o reforço de outros amigos para a guitarra, baixo e bateria, a banda está com cinco anos de existência desde o seu primeiro encontro.

Hoje já tem um de seus ex-integrantes na Argentina, estudando e escrevendo músicas em espanhol, mas todos seguindo firmes no objetivo de escrever músicas sem um estilo definido e sim com pitadas diversas, o que dá a ela uma característica própria. É possível vermos influências das guitarras da americana Red Hot Chilli Peppers, vocais de Ray Orbisson, um toque de Rush e muitas outras que, segundo eles, variam completamente de estilos. O importante é não esquecer os "grandes chefes" da música. Atualmente a banda é formada por Tobias Schaefer - vocal, Niccolas Ferrareze - guitarra, Guilherme Zugno - baixo e Fernando Arrienti - bateria.

Também foi elogiada a ideia do Balaio, em apresentar os talentos existentes no país e que muitos ainda não tiveram a oportunidade de conhecer, mas como eles citaram Paulinho da Viola, "as coisas estão no mundo mais eu preciso aprender". Concordamos em uníssono e aproveitamos para ficar aqui a sugestão desta banda gaúcha, que está mostrando a que veio.

Clique aqui e faça o Download do EP da Banda Mãe do Ladrão

Performance no Coca-Cola Vibezone:



Nova Música da Banda Mãe do Ladrão - Acústica:



Contatos: 51 8182.0526/ 51 8144.7571

Onde encontrar:
palcomp3 - comunidade no orkut - perfil no orkut - blog

domingo, 20 de setembro de 2009

Ana Paula na Caixeta

Cara de bailarina, pele de porcelana e com um talento fantástico para desenhar, Ana Paula Caixeta, BailariAna para íntimos, é o mais novo talento que o balaio contemporâneo mostra direto da capital do Brasil – Brasília.

"Desde criança tento desenhar. Sempre tive uma atração enorme e sensível para as diversas formas de expressão artística. É um mundo tão perfeito! Tão maravilhoso, que ultrapassa a realidade por completo. Sublime, diria. Essa fascinação eu trago comigo a vida inteira. Não tive muito incentivo. As pessoas ainda não conhecem muito o valor e a importância da arte em nossas vidas, seja ela qual representação for. É questão de formação humana. Ela faz parte, integralmente, da constituição do indivíduo em sua sensitividade perante o mundo. Isso ameniza essa difícil sobrevivência tão efêmera, acredito”, afirma ela.

Na infância tentava desenhar o que as pessoas desejavam, mas depois percebeu que não era feliz com suas produções e resolveu parar. Ingressou no curso de Letras e começou a lecionar. Mas percebia que faltava alguma coisa dentro de si. Foi então que decidiu estudar Artes Plásticas – onde estuda até hoje - e buscar sua felicidade nos desenhos.

A maioria dos seus desenhos são em preto e branco, pois se diz ter um grande problema com cores por não saber pintar e achar extremamente difícil de ser trabalhado. Na conclusão de uma disciplina de esculturas utilizou peças de bonecas para construir objetos - “Essa escolha
se deu ao fato de não me simpatizar muito com esses “brinquedinhos” de expressões demoníacas. É uma antipatia particular, diria. Tenho muito problema com a figura humana, pois se quer tudo tão perfeito, mas ninguém é. Uma luta maldita para buscar algo que jamais se alcançará. Essa padronização me irrita! Por isso tenho tanta distorção do humano em meus trabalhos.” - segundo Ana Paula.

Ela confessa que não possui inspiração para desenhar, e brinca: Só queria muito ter a inspiração de que tanto falam. Acho que ela não gostou de mim e me deixou ao léu”. Pretende um dia poder trabalhar com uma temática, fazendo esboço, usando borracha para corrigir e aperfeiçoar seus rabiscos, pois até então simplesmente risca e ao final é que vê o resultado e toda sua significação óbvia, porém, inusitada. Bosch, Kandinsky, Brueghel, Beksinski e Degas são alguns artistas que lhe inspiram e enchem seus olhos.


Algumas obras de Ana Paula na Caixeta:











































domingo, 13 de setembro de 2009

Fernanda Batista

Os desenhos típicos da cultura pernambucana chamam a atenção de todos que passam pelo pequeno ateliê de Fernanda Batista. Seus traços são delicados, coloridos e criativos e tem uma marca que é a presença de um sorriso no rosto de cada personagem. Quem olha se encanta primeiramente por seu talento, mas se para e conversa com e própria criadora, se encanta mais ainda.

Fernanda recebeu o “Balaio Contemporâneo” de forma muito à vontade numa segunda-feira pela manhã e conversamos durante mais de hora, num papo agradável e regado de histórias interessantes que aconteceram durante os quase quatro anos que está no Shopping Paço Alfândega, no bairro do Recife Antigo, beirando mar e rio.

Sua história é incrível por que é justamente um exemplo de como as pessoas depois de muito tempo podem descobrir uma atividade sobre a qual nem pensavam em realizar – no seu caso, a pintura - e hoje não se enxergam mais sem ela. Fernanda começou cursando Nutrição, onde abandonou o curso quando arrumou emprego e se formou em Secretariado. Depois de 19 anos saiu do trabalho que era seu mundo e foi descobrir na pintura uma espécie de terapia, como ela mesma disse.

A princípio era somente um presente para um amigo – um jogo de copos para caldinhos -, mas com grande incentivo da família e de amigos próximos, ela foi convidada para abrir seu ateliê no Paço. Este ano completará lá, em Outubro, quatro anos de muito sucesso e realização pessoal. Para ela, é importante ter prazer naquilo que faz, e por isto, seu trabalho não é somente voltado para o lucro, mas também pelo gosto em pintar louças e caixas lindíssimas, além de fazer muitos amigos.

No mesmo banquinho em que estávamos sentadas, ela nos contou que já recebeu muitas pessoas que ali passaram somente para ver sua arte ou comprar algo e acabam sentando e tomando cafezinhos enquanto conversam; Fernanda consegue passear por todos os assuntos e manter a simpátia com suas histórias. A proposta é que nas conversas sempre alguém saia com algo que foi dito, não importa quem. Como ela falou: “Cada um tem sua missão."

Vale à pena passar por lá, seja para comprar, seja pra conversar; além de valorizar a rica cultura pernambucana com peças lindas, uma boa conversa também é sempre bem-vinda e temos certeza que ela não negará isto.

Onde encontrar:
Ateliê Fernanda Batista - Paço Alfândega - Recife/PE

Contatos:
0**81-32241047/ soaresbatista@bol.com.br




domingo, 6 de setembro de 2009

Neco Vieira

Como ele mesmo afirma "um guri que talvez seja único",Neco Vieira, é compositor, letrista e poeta. É com tamanha facilidade que em pouco tempo consegue compor uma canção. Neco é nosso entrevistado do mês de setembro e é com muita alegria que mostramos o talento desse paulista com o coração carioca.

Balaio Contemporâneo - De onde veio o ato de escrever?

Neco Vieira -
Escrever foi algo que aconteceu por acaso, não por escolha, nem nada. Sempre gostei de escrever, lembro até que no ensino fundamental, na sempre memorável escola João de Souza Ferraz, do qual nunca esquecerei, pois estudei oito anos de minha vida. Eu pedia para a professora fazer por semana uma aula de redação, porém o projeto não foi adiante. Mas, em relação a letras e poemas, tudo começou em dezembro de 2005 quando eu havia prometido um depoimento no orkut de final de ano para uma amiga, e sentei-me em frente ao computador e comecei a escrever, algumas coisas rimadas, lindas na época, hoje tenho vergonha de mostrar. O fato que me intrigou foi que, ao escrever, eu tremia muito, rangia os dentes, como se fosse o dia mais frio do ano, e eu estivesse nu, porém era final de ano, verão. Então fui desenvolvendo isso, e descobri que eram letras de músicas, o que eu fazia, logo descobri o nome '' letrista'' e já passei a me autonomear como ''letrista''. E ai o tempo foi passando, e creio que fui evoluindo.

Balaio Contemporâneo - Você tem alguma influência? Quem?

Neco Vieira - Sim, tenho várias influências, musicais, pessoais, etc. Porém influência musical começou com Rita Lee, então fui conhecendo a boa MPB e rock nacional. Elis Regina, Cássia Eller, Cazuza, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Legião Urbana... Rita influenciou letras que fiz em 2006, Legião em 2007/2008, e no final de 2008 comecei a descobrir melhor um cara que eu já tinha ouvido falar ''Chico Buarque''. Depois disso todas as letras de 2009 estão vindo em estilo Chico Buarque, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e todo esse pessoal da MPB – Música Popular Brasileira.

Balaio Contemporâneo - Você tem alguma inspiração na hora de escrever?

Neco Vieira - Sim, mulher, a alma feminina, relacionamentos amorosos, enfim, a vida, minha vida me inspira muito, meu dia-a-dia, minha rotina, minha curta e medíocre vidinha.

Balaio Contemporâneo - Como você consegue elaborar uma canção, texto e poema, tão rápido?

Neco Vieira - As letras já vêm prontas quando começo a escrever. É como se meu cérebro ficasse um tempo montando e entregasse às minhas mãos, prontas. É complicado explicar, porém, não passo horas, dias nem meses, para compor uma letra, basta-me apenas de cinco ou dez minutos à uma hora.

Balaio Contemporâneo - Qual seu tema favorito de escrever?

Neco Vieira -
Prefiro falar de amor do que de sentimentos de ódio, rancor. Gosto de escrever coisas que meus filhos possam ouvir sem se assustarem.

Balaio Contemporâneo - O que você acha das letras que estão surgindo no Brasil?

Neco Vieira –
Depende do estilo. Em relação ao funk, são letras que rebaixam a mulher, os sentimentos femininos. Em relação a MPB, estou gostando, estão surgindo ''caras'' novas que estou adorando. Já o rock nacional, sinto que ele está se perdendo em modinhas – tipo os emos [nada contra, adoro emo]. Então, qualquer cara com uma guitarrinha na mão, que cante de sentimentos adolescentes, e faça barulho estilo rock'n'roll já é considerado rock?! É preciso atenção.

Balaio Contemporâneo - Alguma letra sua já virou música? De quem? Como foi isso?

Neco Vieira -
Sim a primeira foi:

Deleite Ínclito

"Em todas as mulheres vejo o seu olhar,
Em todas as crianças vejo seu sorriso,
Em todos os abraços eu sinto o seu calor,
Em todas as lacunas sinto você.
Sei que não sei de você,
Mas tu podes me ensinar a ser só seu,
Basta dizer que eu sou seu eternamente,
Pois em todos os passos vejo o seu andar,
Em todos os sorrisos vejo você,
Em todas essas obras vejo você, meu amor.
Não posso chegar, não posso sair,
Estou preso em seu coração,
Não posso mandar, só sei obedecer,
Sou seu e de mais ninguém.
Mas em todos os vôos eu vejo tuas asas,
Em todos os sonhos vejo suas cores,
Em todos os homens sua bravura
Em todos os seres sua existência.
Eu te amo tanto, mas não sei pedir
O que eu mais quero é poder
Querer sem ninguém saber,
Sem ser censurado, sem ser derrotado,
Só quero é ter você.
Não posso chegar, não posso sair,
Estou preso em seu coração,
Não posso mandar, só sei obedecer,
Sou seu e de mais ninguém.
Não vou te abandonar jamais."

musicada por Giovana Vincenzi, ótima musicista, cantora, compositora. No entanto, tenho uma banda, chamada Nó Górdio, onde em, pouco mais de um ano de existência já teve várias entradas e saídas de integrantes, hoje, para falar a verdade é uma dupla. Inicialmente, Nó Górdio começou com a idéia de Beatriz Modesto montar uma banda, então, me convidou por eu ser letrista, e convidou Ana Luísa por tocar violão e saber compor e cantar muito bem, e Alexandre Natale como baterista, porém, no decorrer do ano, Beatriz e Alexandre saíram, entrou para os teclados então Marina Abreu que ficou só por dois meses, enfim, Nó Górdio permanece com Ana Luísa e Neco Vieira desde o princípio, e como sempre foi, Ana Luísa e eu compomos músicas e letras para nosso repertório, em breve todos ouvirão o som de Nó Górdio.

E finalizo dizendo um pedaço de uma letra recente minha, que relato meu amor pelo Rio de Janeiro:

"Salve todos brasileiros
Em especial o Rio
Sou paulista de nascença
Mas de coração sou Rio."


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