sábado, 29 de agosto de 2009

A arte de Eliane Brum

"Todo o meu olhar sobre o mundo é mediado por um amor desmedido pelo infinito absurdo da realidade" - Eliane Brum

Para quem ainda não a conhece, Eliane Brum é jornalista e escritora, reconhecida por suas narrativas ricas em sensibilidade. Eliane iniciou sua trajetória no jornal "Zero Hora", de Porto Alegre e desde 2000 é repórter especial da revista "Época", em São Paulo e uma das mais premiadas jornalistas brasileiras.

A jornalista é autora de três livros, o último deles "O olho da Rua” (editora globo), o livro reune textos já publicados com comentários inéditos sobre o processo de desenvolvimento da reportagem. Eliane tem um jeito muito peculiar de mostrar o lado humano de uma reportagem - de rua - em especial. Apesar de muitos jornalistas acharem que depois de muito tempo na rua, o profissional perde a sensibilidade, em Eliane isso tem o efeito contrário, se torna cada vez mais sensível em cada nova experiência.


No livro "O olho da Rua" a jornalista escreve sobre o cotidiano das pessoas que não tem voz na grande mídia. Ao ler suas reportagens percebe-se que há um grande destaque no relato que diz respeito à vida de pessoas comuns, sem espaço na arquibancada da vida. A partir de seu olhar e da seleção de suas palavras essas pessoas passam a ocupar o camarote.

É muito interessante que esse livro possa ser lido por qualquer profissional ou estudante de comunicação, tanto o curso de Relações Públicas, onde os graduados precisam aprender a ouvir os diversos públicos. Na Publicidade e Propaganda que é de extrema importância desenvolver a entrevista qualitativa, para compreender o que é melhor para o público, no radialismo onde o profissional precisa transmitir informação, além do que é muito importante estar em contato com os diversos espaços na sociedade. E claro, o estudante de jornalismo que ao ler o livro poderá aprender sobre a arte de realizar entrevistas com delicadeza.

O livro além de chamar atenção pelo título “O olho da Rua”, também chama atenção pela capa, um olho no muro branco. É um livro cativante em toda sua essência, é muito mais que um livro de entrevistas. Eliane nos coloca frente aos acontecimentos e escreve como uma jornalista literária. São histórias surpreendentes, cheias de simplicidade e realidade.

Fica aqui um pouco sobre a escritora/jornalista Eliane Brum, e seu livro de suma importância, não só para os comunicadores, mas também para toda sociedade que queira saber um pouco mais sobre o outro lado da "rua".

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Eliane Brum fala sobre seu livro "O Olho da Rua"


domingo, 23 de agosto de 2009

Joéliton Santos


Joéliton é um garoto de 17 anos com muita sede de viver. Têm muitos amigos, inclusive virtuais devido ao seu blog que está fazendo muito sucesso e cada vez mais aumentando o número de seguidores. Ele diz que é sensacional poder receber carinho e amor de pessoas que nem conhece.

Desde infância tem o dom de escrever e vontade de publicar um livro autoral. Usava a tristeza como uma inspiração para desabafar e foi através de uma linda história que surgiu de repente em sua mente, que começou a escrever seu livro. Como ele mesmo diz “surgiu do meu mundo imaginário”.



“Realizando meu sonho – quem acredita sempre alcança” é o nome do livro de Joéliton que foi lançado ontem pelo clube dos autores, um site que publica livros sem nenhum custo, e conta a história de uma menina chamada Beatriz que passa por muitos obstáculos até conseguir realizar seus sonhos. Ou seja, o livro aborda que tudo é possível mesmo enfrentando barreiras difíceis. Sua grande influência como escritora é a Thalita Rebouças – a qual o entrevistamos a duas semanas atrás.





domingo, 16 de agosto de 2009

Duda Bione


Dessa vez o Balaio Contemporâneo ataca em uma sala de aula com a mais nova fotografa Duda Bione que cada vez mais vem conquistando admiradores tanto profissionais quanto amadores da área da fotografia.

Jornalista em formação, sua primeira impressão com fotografia foi aos 10 anos. A partir disso, começou a tirar fotos nas suas viagens escolares das paisagens e com o avanço das câmeras analógicas para as digitais, Duda explorou cada vez mais seu talento.

Ninguém nunca lhe explicou sobre o funcionamento de lentes, diafragma, abertura. Suas influências foram livros e observações feitas em fotografias de diversas pessoas. Com o tempo, descobriu que seu interesse era fotografar as pessoas. Mas, afirma que mesmo assim não tem preferência, o que vale é a inspiração. Gosta muito de usar cores nas fotografias que transmitem sentimento engraçado – risonho – e nas expressivas preto e branco, pois marca a sensibilidade que existe dentro da pessoa.

E no final de tanto dialogo surpreende as Severinas ao dizer “Nas férias de julho eu estava sem fazer nada e resolvi começar a procurar alguma coisa pra ler na internet. Como gosto muito de ler os blogs das minhas amigas de sala, terminei chegando ao Orkut de uma Severina e descobrindo a montagem do blog Balaio Contemporâneo. Fui acompanhando calada e assim que “lançou” eu fiquei interessadíssima em ler. É algo diferente e que eu valorizo muito. Acho uma ótima ideia buscar novos talentos e passá-los pra outras pessoas, além da valorização da cultura – seja ela qual for.”

Algumas Fotografias:














Confiram: Flickr

sábado, 8 de agosto de 2009

Thalita Rebouças

Aos 35 anos, Thalita Rebouças, está cada vez mais jovem. E, com pouco tempo de carreira como escritora, seus livros já foram parar na lista dos mais vendidos da revista Época e do jornal O Globo.


Carioca da gema, portelense e fluminense, Thalita Rebouças vem conquistando os adolescentes com seus livros sobre as relações dos adolescentes com os professores, pais, mães, amigas e amores. Além de suas obras, ela é colunista da revista Atrevida.


Cursou direito por um tempo, mas desde os dez anos de idade adorava escrever. Foi então que optou por jornalismo e acabou gostando. Trabalhou na Gazeta Mercantil, na TV Globo e com assessoria de imprensa, onde teve a oportunidade de residir seis meses em Nova York. Os autores que lhe influenciaram a escrever foram Marcelo Rubens Paiva, Fernando Sabino e João Ubaldo.


O Blog Balaio Contemporâneo perguntou o que ela achava sobre a decisão do STF na desvalorização do diploma de jornalista “Eu não acho bacana, não. Para mim isso só deveria valer para colunistas especializados em algum assunto.” – diz Thalita.


Ao perguntar sobre o surgimento de escrever livros direcionados ao público adolescente, Thalita responde que eles que escolheram ela. Pois, seu primeiro livro foi voltado para os jovens adultos (a partir de 18 e 19 anos). Mas, quem se interessou mais pela leitura foram os adolescentes e por isso ela resolveu escrever para eles. Ela afirma que, o método usado para entender a cabeça desses adolescentes tão precoces é o contato pela internet, a maneira como eles pensam na sua visita às escolas e eventos que participa.


Thalita Rebouças acabou de lançar Fala Sério, Pai! e comenta que seu próximo livro terá um menino e uma menina como protagonistas.



Obras

  • Fala Sério, Mãe!
  • Fala Sério, Professor!
  • Fala Sério, Amor!
  • Fala Sério, Amiga!
  • Fala Sério, Pai!
  • Uma fada veio me visitar
  • Tudo por um Pop Star
  • Tudo por um Namorado
  • Tudo por um Feriado
  • Traição entre Amigas







Confiram: Blog - Site - Twitter



domingo, 2 de agosto de 2009

Jô Nunes


“A vida é a arte do encontro” - já dizia Vinícius de Moraes, nada melhor que essa citação para começar nossa entrevista com uma menina mulher arretada que cruzou o caminho das Severinas.


A primeira entrevistada do Blog Balaio Contemporâneo é nada menos que a querida Joanessa Nunes, mais conhecida como Jô Nunes. Ela vai falar sobre como começou sua empreitada na música, das influências, da infância musical, e do seu novo trabalho. A Jô além de ter um talento incrível, é muito simpática, o que só facilita ao seu reconhecimento.


Balaio Contemporâneo - Como a música entrou em sua vida?


Jô Nunes - Desde que eu me “conheço por gente” a música faz parte da minha vida. Venho de uma família muito musical, onde a música esteve sempre presentes nos momentos de descontração, no meu dia-a-dia e dos meus familiares.


Eu, aos cinco anos de idade, comecei a estudar piano, instrumento que minha mãe considerava bastante importante e que sempre gostei muito. Foi ele que me deu a passagem para a descoberta da paixão pelo canto. Aos sete anos eu já havia ganhado prêmio como cantora solista num concurso de canto, pelo Centro de Tradições Gaúchas da minha cidade natal.


Mais tarde na adolescência, sempre inventando peças, apresentações musicais na escola, decidi que queria fazer um curso que me profissionalizasse mais na área musical e que unisse as minhas outras grandes paixões: música + ser humano + relação homem/música, então optei por cursar MUSICOTERAPIA. Esse curso me proporcionou visões de mundo e de música que foram um divisor de águas na minha história. Depois disso, decidi que iria levar minha carreira como cantora a sério, e aos poucos e com tempo, o trabalho profissional foi crescendo e tomando conta de boa parte da minha vida.


Balaio Contemporâneo - Quais os projetos musicais que participa?


Jô Nunes - Atualmente participo de alguns projetos musicais em Curitiba. Faço parte da banda de samba “Caxangá”, onde fazemos um som bastante dançante e refinado dos clássicos do samba. Apresentamo-nos todas as terças no espaço chamado Empório São Francisco, um local bastante visado pelos músicos e pelo público e que há mais de 10 anos abre espaço para os artistas curitibanos.



Participo também de dois grupos vocais, um chama-se “Cobras e Lagartos” e o outro “Gogó a Brasileira”, ambos regidos pelo maestro Anderson do Nascimento. Além desses trabalhos, me dedico com muita paixão á composição, letras e melodias que vêm a minha mente se transformam em canção e no presente momento desenvolvo meu primeiro álbum de músicas próprias.


Balaio Contemporâneo - Estamos sabendo que irá lançar um cd, é verdade? Qual será o estilo musical?


Jô Nunes - É verdade sim! Estou bastante feliz por isso, muito mesmo! Meu álbum será basicamente autoral, estamos pensando em anexar apenas uma regravação, para poder chegar, quem sabe mais facilmente, aos ouvidos do público que ainda não me conhece como cantora. As canções do disco são todas na “praia” da música popular brasileira. Alguns arranjos têm características bastante regionais de alguns ritmos brasileiros como o samba o choro e ciranda, outras canções mais românticas e outras mais dançantes. Têm para todos os gostos!


Balaio Contemporâneo - As canções do seu primeiro cd são de sua autoria? E de onde vem à inspiração para escrever?


Jô Nunes - Sim, das 12 ou 13 canções que contemplarão o CD, apenas três não serão minhas. Conto com duas canções de amigos meus, também compositores que residem aqui em Curitiba e uma regravação, provavelmente de uma canção, das minhas tantas preferidas do mestre Gilberto Gil.


Quanto à inspiração para compor? Essa vem do vento, do sol, de Deus... Brincadeira (RS)... Sinceramente, não tenho a resposta para essa pergunta. Penso que a inspiração vem por si só, vem e depois que chega exige trabalho, raciocínio, esforço mental mesmo. As passagens do cotidiano - lembrando Chico Buarque - proporcionam um “prato cheio” para quem quer transformar a vida em música. Nossas relações, nossas pequenas novelas do dia-a-dia são as grandes responsáveis pelas canções que daqui a pouco vocês ouviram no me disco, sem contar que a menina aqui tem uma imaginação e tanto para criar histórias malucas (rsrsrs)!


Balaio Contemporâneo - Quais são as cantoras que influenciaram teu estilo?


Jô Nunes - Ah, eu não sou diferente da grande maioria das cantoras de MPB nesse sentido, minha grande musa inspiradora é a Elis Regina sem sombra de dúvida. Juntamente com ela posso citar sem menos valor: Nara Leão, Rosa Passos, Lenny Andrade, Elizete Cardoso, Leila Pinheiro, Elza Soares, Mônica Salmaso entre outras várias. Acho legal citar aqui também alguns dos meus “musos inspiradores”, Chico Buarque de Holanda, Djavan, Gil, Lenine, Zeca Baleiro e muito, muitos outros.


Balaio Contemporâneo - O que você achou do projeto desse blog?


Jô Nunes - Acho o projeto sensacional! A idéia é ótima e a iniciativa admirável! Se todos pensassem como as “Severinas” o mundo das artes seria muito melhor. O que nós artistas, desbravadores da música e da cultura do Brasil precisamos, é justamente disso, pessoas aliadas. A arte não é só do artista, não cabe nele, precisa ser compartilhada. Por isso nada melhor que a nossa música conseguir chegar aos corações de várias pessoas e vocês donas do blog, são as líderes de um movimento necessário e acima de tudo muito bonito!




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