domingo, 11 de abril de 2010

Mini Box Lunar

Foto: Alexandre Brito

Na contagem regressiva para o Abril Pro Rock, o Balaio Contemporâneo entrevista a banda - que trás como nome os mercadinhos de bairro de Macapá - Mini Box Lunar.

Suann Medeiros

O Abril Pro Rock é um festival de pop rock que existe em Recife e acontece anualmente. Em 2010, o evento comemora sua maioridade com muita música e oficinas. Ao todo, 44 atrações irão se apresentar no Pavilhão do Centro de Convenções, de 15 de abril a 01 de maio. Para as noites principais (16 e 17 de abril), estão escaladas as bandas:




Entre as bandas que farão apresentações no evento, a Mini Box Lunar tem uma história que vale ser contada. Formada em 2008, a banda começa com a união das duplas de compositores Otto Ramos e Heluana Quintas/ Sady Pimenta e Jenifer, aos amigos Alexandre Avelar e Taiguara (que não está mais na banda). . Pouco tempo depois, Ppeu Ramos assume o lugar de Taiguara e dá a cara da fromação atual da banda. Todos os membros já trabalhavam no Coletivo Palafita, que é uma cadeia produtiva gerada por artistas, produtores e agentes de mídia independente do Amapá.

No Myspace da banda, Caco Isak deixa algumas palavras sobre a definição da Mini Box Lunar - “Lembra daquela rosa que o Pequeno Príncipe cuidava no asteróide B612? Pois é. No caso, são duas. Daria mais trabalho, portanto. [Não sobrasse macho na Mini Box Lunar.] O pano de fundo, porém, não muda muito. Viajam, eles. Longe. Bem pr..além do mundo da lua. Em vez de lançar demo, por exemplo, como qualquer outra banda, lançaram logo DVD. Aí que está. Não são como outra qualquer. Três meses depois da supernova, já estavam tocando em festival. Não queira beber da água da fonte que eles bebem, impunemente. É doce, sumano. Dizem uns, "Jefferson Airplane com Calypso". Trocaria a Calypso por um bom Rossi. E colocaria - no lugar de um teco-teco, que eles andam é de foguete - Júpiter. Marte, pra quem já tá vagando pelo espaço, é pouco. Quando se trata de quantics, babe, não tem essa de limite. Tudo são possibilidades. Uma jukebox do tempo-espaço” Mas isso não é nem o começo... O Balaio Contemporâneo foi bem mais além e entrevistou essa galera.

Balaio Contemporâneo – De onde surgiu o nome da banda?

Mini Box Lunar - Minibox é o nome dado aos mercadinhos de bairro daqui de Macapá, eles estão por toda parte, em cada quarteirão tem um, um na lua não seria difícil (rsrs) e o "Lunar" é também da sonoridade da banda, do psicodelismo e da proposta artística vintage.

Balaio Contemporâneo – O surgimento de bandas independentes, no Brasil, virou “moda”. Porém, o estilo é quase sempre Rock, Samba, Pop Rock ou Axé. Só que a banda de vocês optou para um estilo Indie. Existiu alguma dificuldade de atuar no meio musical por conta desse estilo? E ainda mais sendo em uma região que é conhecida, no país, pelo ritmo “Calipso”?

Mini Box Lunar - Isso nunca representou uma ameaça ou impedimento para banda, até porque brincamos com vários estilos nas composições, inclusive o brega (tem uma citação de um “bregueiro”, conhecido aqui do extremo norte, em uma das canções dessa turnê). Agora, o "Indie" se vivesse no comprometimento que essas vertentes musicais sobrevivem, nossa cena nacional já estava bem mais estruturada. Os caras são empresas e também bandas, sabem a hora de crescer e viabilizam isso usando suas ferramentas (clássicas ou não). Participamos do Coletivo Palafita, que aglutina além do rock e suas ramificações outros estilos como a MPB. E no Grito Rock que também organizamos sempre abrimos espaços pra outras manifestações, e esse ano rolou até Axé Music além do Batuque e Marabaixo. Vivemos bem no meio de tudo isso, até curtimos bastante.

Balaio Contemporâneo - Como foi lançar o DVD primeiro que o CD?

Mini Box Lunar - A banda queria muito tocar num grande festival sem esperar anos pra viver isso, foi então que resolvemos fazer esse DVD-Demo numa tarde ensolarada de domingo na casa da Jenifer - Jj. Chamamos nosso amigo (Ronix do Marttyrium) e a Palafita Comunicação pra filmar, fizemos toda a produção na sala e gravamos o aúdio direto no MD. Ficou legal e mandamos pra curadoria do Festival Serasgum em Belém, que por sinal, adoraram e dias depois recebemos o telefonema da produção. Fizemos isso porque não tínhamos tempo pra gravar um disco (mesmo tendo studio - Poliphonic Records) e tambémb porque a banda tem um visual psicodélico setentista que valia a pena ver e ouvir junto. Enfim, deu tudo certo. O Serasgum foi a quinta apresentação da vida do Mini Box Lunar.

Balaio Contemporâneo - As letras das canções são sempre bem psicodélicas. De onde vêm essas inspirações?

Mini Box Lunar - Vem de vários lugares, como: leituras, da cidade que vivemos que é tão boa e inspiradora (pois, aqui temos dois observatórios interessantíssimos - um é o Marco Zero do Equador, que tem um obelisco que nos dias de Equinócio o sol passa reto sobre a linha do equador e o bem mais antigo, de uma civilização que já se foi, mas que ficou o observatório lá, lindo no meio do mato, num município chamado Calçoene, o Sítio Arqueológico AP-CA 18, um círculo de pedras que lembra o Stonehengger europeu, com pedras e estruturas lindas. Enfim, é uma cidade linda Macapá, capital do estado mais preservado da federação, com uma cena efervescente e no início de muita coisa, temos verde por toda cidade, e o ar é puro. O calor, que é de onde a Tropicália se inspira. Realmente, ela é nossa maior influência musical.)

Balaio Contemporâneo – Estamos sabendo que o CD será produzido pelo Miranda (o famoso jurado do programa Ídolos), qual a expectativa para esse álbum?

Mini Box Lunar – O Miranda é muito competente, saberá conduzir as gravações, e estamos muitos felizes com essa produção e amizade que está nascendo. Ele é conhecedor de muitas bandas psicodélicas do mundo, disse que esta muito “pilhado” pra fazer esse disco, e que gostou muito do que já ouviu do Mini Box Lunar. Vai conduzir pra ter um disco bem gravado e externalizar o potencial que ainda não percebemos. Ou seja, o cara sabe por onde caminhar, nós somos parte do Circuito Fora do Eixo, por onde a nova música brasileira passa, seja em coletivos, nos seus produtores, seja em festivais, é sem dúvida o maior celeiro de potenciais. Estamos indo a passos devidamente planejados, e com toda humildade de quem sabe por onde e quando avançar.

Balaio Contemporâneo - O que a banda espera do show no festival Abril Pro Rock?

Mini Box Lunar - Estamos felizes de poder tocar em Recife, que é uma cidade muito importante para cultura desse país e na construção de uma identidade "rocker" mais brasileira. É uma cidade linda e o Abril Pro Rock é um grande festival, um corredor de grandes bandas, e com uma história maravilhosa.


Próximos Shows:

14 abr – 20:00 – Bronx Bar – Campina Grande/PB

16 abr – 20hs –Espaço Mundo – João Pessoa/PB

17 abr – 20hs – Centro de Convenções – Recife/PE

18 abr – 20hs – Posto7 – Maceió/AL

19 abr – 20hs – Rua da Cultura – Aracaju/SE

20 abr -20hs – Boomerangue Bar – Salvador/BA

21 abr – 20hs – Botekin Tematic Bar – Feira de Santana/BA

23 abr – 20hs – Teatro Carlos Jehovah – Vitória da Conquista/BA

24 abr – 20hs – Casa Fora do Eixo Montes Claros – Montes Claros/MG

25 abr – 20hs – Parque Municipal – Belo Horizonte/MG

12 mai – 20hs –Taberna Dharma – Bragança Paulista/SP

14 mai – 20hs – Circo Voador – Rio de Janeiro/RJ


Gostou? Clique aqui e baixe o Ep Mini Box Lunar.


Outras informações: MyspaceTwitter Orkut

2 comentários:

Neco Vieira disse...

Aeaeae, Parabéns as moças e rapazes da banda, parece ser boa mesmo! Sucesso pra vocês. ótima entrevista.

Anônimo disse...

Opa!Tenho que ouvir!
Ótima entrevista!

www.dsrta.blogspot.com