domingo, 25 de outubro de 2009

Juliana Fumero

Nosso foco hoje está direcionado para uma menina que tem um olhar poético e sensível para captar imagens de pessoas e do cotidiano. Formada em Comunicação Social, Juliana Fumero é fotografa e editora de vídeo.

“No início comecei clicando um pouco aqui, depois um pouco ali e de repente me vi completamente apaixonada pela fotografia. Hoje não consigo me imaginar longe de uma câmera fotográfica. Através das imagens, podemos contar diversas histórias, relatar descasos, evidenciar fatos do dia-a-dia, enfim, podemos traçar quase um perfil de onde vivemos, visitamos ou mesmo que presenciamos. Cada qual com seu olhar particular sobre o mundo, as pessoas e porque não os sentimentos. ”- diz Ju Fumero.

Ela acredita na exclusividade do retrato, pelo fato de cada um deles ter seu momento eterno que não se repetirá, assim como o tempo. Tem uma preferência maior por fotos coloridas, acha complicado acertar a mão na fotografia em preto e branco, apesar de admirar e saber do peso que a fotografia P&B carrega quando se trata da dramaturgia da cena.

Quando perguntamos sobre um conselho para as pessoas que estão começando nessa área da fotografia, ela afirma que não se senti a pessoa mais indicada a responder essa pergunta, pelo fato de não sobreviver da fotografia, mas ama cada momento que fotografa. E ressalta:
Eu pessoalmente acho, que as coisas sejam elas quais forem, só dão certo quando se faz com amor e com muita paixão. Quando se tem um frio na barriga, ou quando se tem a sensação de paz e tranquilidade. Momentos difíceis sempre existirão, por isso resta-nos buscar o que de fato preenche nossa vida e o que nos satisfaz. Sucesso, dinheiro, fama... São consequências para uns, sub-refúgios para outros, banais ou imprescindíveis para outros mais”.

Por fim, agradeceu pela oportunidade, falando dos benefícios que a internet nos trás, e que ficou feliz em alcançar seu objetivo: “Saber que de alguma forma, minhas fotos fizeram o papel que gostaria que fizessem: serem observadas, sentidas, criticadas, admiradas.”

Os Fotógrafos que ela admira, e que recomenda, estão em seus favoritos, no seu flickr.



Também possui um blog, onde coloca pensamentos pessoais, e claro, algumas de suas lindas fotografias.























domingo, 4 de outubro de 2009

Eu, Você e Maria


É com piruetas e cambalhotas no cenário cultural do balaio contemporâneo que entrevistamos o grupo “Eu, Você e Maria”, que vai mostrar a interação dos instrumentos orgânicos com os tecnológicos e toda sua autenticidade.

Balaio Contemporâneo - Como originou a banda?

Eu, Você e Maria - Estudamos todos na mesma Faculdade (Faculdade de Artes do Paraná). Só que nos conhecemos através de pessoas que temos em comum e acabamos virando amigos antes de formarmos a banda. Tínhamos alguns trabalhos paralelos, a Nani era flautista do grupo Bayaka, o Fábio e eu (Ju Fiorezi) já fazíamos alguns trabalhos juntos para trilhas de espetáculos de dança e teatro.

Em 2007, Nani nos propôs formar um grupo artístico que unisse a experimentação vocal e a produção musical que já estávamos trabalhando. Amadurecemos a idéia e então em 2008 colocamos a mão na massa, e começamos a produzir algumas canções e buscar essa sonoridade que o grupo vem lapidando.

Balaio Contemporâneo - De onde vem esse nome tão criativo?

Eu, Você e Maria - Primeiramente, obrigada pelo criativo! No início quando ainda não tínhamos o nome da banda eu – Ju Fiorezi - e o Fábio perguntávamos um ao outro:

-Hoje temos ensaio?

-Temos? Quem?

- Eu, Você e a Nani

Então começamos a dizer que o grupo tinha esse nome, só para fazer uma brincadeira com a Nani. Com isso, decidimos trocar o nome, ao invés de Nani, por um mais popular, que fizesse referência a muitas pessoas que existem por aí e que não temos dimensão. Daí veio “Maria”, sugerido por Simon Ducroquet, que é um artista gráfico responsável pela capa do nosso EP, como uma representação do público e das suas manifestações populares.

Balaio Contemporâneo - A banda utiliza instrumentos artísticos, por quê?

Eu, Você e Maria - Em nossos shows, buscamos fazer uma mescla de instrumentos tecnogicos e de instrumentos orgânicos. O computador é um mundo cheio de possibilidades musicais; nele, além de escolhermos os timbres dos instrumentos, podemos incrementar nossa música, com efeitos e criar ‘‘loops’’ – laços - de voz que acabam se transformando na base de nossas músicas. Nele registramos nossas experimentações vocais e depois selecionamos e manipulamos os ‘‘samples’’ – amostras - que farão parte dos arranjos.

Além do computador, em nossos shows, também usamos violão, flauta transversal e percussão. E para grandes apresentações, convidamos dois músicos que levam ao palco os sons do bandolim, viola caipira, guitarra e efeitos de percussão.

O interessante é realmente essa mistura do tecnológico e do orgânico, que está muito presente no cotidiano das pessoas em geral.

Balaio Contemporâneo - Qual gênero musical vocês denominam para a banda?

Eu, Você e Maria - Na verdade não denominamos, acabam denominando para gente. Uma definição que gostamos muito foi “música eletro-acústica-vocal”, que acaba resumindo tudo o que fazemos. E poderíamos até acrescentar uma palavra “eletro-acústica-vocal-performática”, pois na verdade nossa música acaba sendo a junção do que fazemos musicalmente e da nossa interpretação no palco.

Mas não temos um gênero musical específico, a cada nova produção descobrimos novos sons. Então fiquem a vontade nas denominações!

Balaio Contemporâneo - Quem são os compositores das canções?

Eu, Você e Maria - Todos nós somos compositores, no show há pelo menos uma música de cada integrante da banda. Ao escolher as canções que fazem parte do show, cada integrante mostra suas composições e vamos selecionando as que falam dos temas que queremos abordar, como a simplicidade da vida, o amor e as crianças.

As músicas que compõem nosso primeiro EP são das seguintes autorias: “Abrem-se” e “Botão” é de Nani Barbosa; “Carrossel do Sonhar” é uma parceria minha – Ju Fiorezi - e de Fábio Raesh; e “Tenho Sede” é composição do consagrado Dominguinhos em parceria com Anastácia.

Balaio Contemporâneo - O que vocês acham da cena musical brasileira?

Eu, Você e Maria - Os músicos brasileiros têm muito talento e criatividade. Sempre houve música boa sendo feita, mas com a popularização da internet ela vem se tornando cada vez mais acessível.

O myspace tem trazido a democratização da música brasileira. E a maior facilidade no registro dessas músicas tem permitido que as bandas possam expor seu trabalho a quem quiser ouvir.

Acredito que estamos em uma transição no modo de se ouvir música. Há alguns anos, os festivais eram a grande vitrine da música brasileira, então os novos artistas eram conhecidos nos festivais e naquele tempo já passavam a ter seu público cativo.

Hoje em dia acredito que este movimento aconteça de uma forma diferente. Existem muitas bandas que estão fazendo sucesso e que tem um grande público, podem não estar circulando na TV ou até nas rádios, e mesmo assim mantém seu público fiel.

Outra questão que vem fortalecendo a cena musical brasileira é a união entre as bandas. Grupos que tem uma sonoridade semelhante estão se unindo e conquistando espaços que sozinhas não conseguiriam.

Todos esses fatores estão contribuindo com a divulgação da boa música e do fortalecimento do cenário musical brasileiro.

Balaio Contemporâneo - Vocês fizeram o primeiro show há pouco tempo atrás, qual foi a repercussão? Esperavam por isso?

Eu,Você e Maria - Tivemos uma boa surpresa no show, mesmo com toda a questão do problema da gripe A, nosso show teve o maior público deste projeto realizado pela Fundação Cultural de Curitiba – Terça Brasileira no Paiol.

Sempre após um show ficamos na expectativa sobre a reação do público e até mesmo da imprensa. Gostamos muito de ter um contato direto com eles, pois assim podemos perceber o que está agradando e melhorar nosso espetáculo afim de torná-lo cada vez mais bonito. E estamos muito felizes com o que tem chegado aos nossos ouvidos.


Balaio Contemporâneo - Vocês desmistificaram a "história" de que não é seguro conhecer pessoas na internet e trocar informações a partir da experiência, assim como nós, "Severinas". Como foi a realização da canção "gêmeos" por meio de e-mail com o músico Barulhista (MG), que logo estará aqui no balaio?

Eu, Você e Maria - Atualmente a internet é um meio muito interessante, principalmente quando se diz a respeito da divulgação da música. O nosso myspace acabou se tornando um ponto de encontro, onde podemos ouvir o que vem acontecendo no meio da música, trocar informações e acabamos achando até referências para usar em nossas produções.

Com o Barulhista(MG) acabou sendo assim. Ele nos ouviu no myspace, ouvimos o som dele também e gostamos um do outro. Ele nos convidou para fazer parte do novo projeto, no qual ele enviaria uma música para alguns grupos e este grupo poderia fazer uma versão. Ficamos muito felizes com o convite.

Então mantemos contato por e-mail e ele nos enviou uma música e nos identificamos muito com ela, passamos a produzi-la, colocando a sonoridade de “Eu, Você e Maria” e transformando-a em uma canção que falasse justamente do processo de conhecer quem está te ouvindo e poder fazer essas trocas e parcerias. O resultado vocês podem conferir tanto no myspace do grupo “Eu, Você e Maria”, quanto no músico Barulhista.

Outra coisa bacana que conseguimos via internet foi o contato com o musico Carlos Careqa (SP) que será participação especial em nosso próximo show. Fizemos contato também pelo myspace e consequentemente por e-mail. A internet tem sido um meio muito importante de contato com outros artistas e de difusão da música em todo o mundo.

Temos que saber aproveitá-la tanto para trabalho quanto para diversão. E é isso que temos buscado com o grupo “Eu, Você e Maria”.


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Agradecemos ao grupo “Eu, Você e Maria” pela entrevista concebida ao balaio contemporâneo, a fotografa – Thaís Kachel -, e a nossa “copidesque” – Sophia Borges.


Clique aqui e baixe o EP do Grupo “Eu, Você e Maria”


  • Alguns Vídeos:






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